Imensidão...

Mesmo fingindo ignorar minha presença,
Compadeço-me de tua arrogância,
De tua prepotência, de teu olhar acusador
E lanço-te perfumadas pétalas de amor... 
É bem provável que tu,
Ainda vendado pelas ilusões do mundo,
Não estejas conseguindo desfrutar
Das deliciosas sensações
Que o calor do sol propiciam à pele,
Ou ainda não tivestes tempo de reparar
Quão belo é o nascer de mais um dia...
Ainda não percebestes a imensidão
Que há a teu redor...
Continuas te iludindo
Com esse teu mundo pequeno,
Repleto de mentiras, aparências e ilusões,
Onde o que comanda
É o valor de cada um de teus tostões...
Ah, como tu ainda és pobre...
Ah, como tu ainda te enganas...
Mesmo que me desprezes,
Não te desejo mal algum, meu caro,
Não mesmo... De forma alguma...
Pois, jamais, hei de precisar...
O mundo dará suas voltas
E a vida, uma dia, ainda há de te mostrar...
Apenas desejo, 
Que não demore
A chegar o tempo,
Em que tu te darás conta
Da insignificância que tu és,
Dentro da vastidão
De todo esse universo...
Desejo apenas que, um dia,
Tu consigas perceber que,
Para o seio dessa Terra, nu, tu viestes
E para casa, da mesma forma, tu voltarás...
Tua riqueza não será capaz
De salvar teu corpo da destruição,
Nem de tua alma afortunar...
No dia em que perceberes
A estupenda oportunidade de aprendizado,
Que nos deu o Criador,
De viver a vida e sentir amor,
Nesse dia, tu perceberás
Que continuarei sendo quem eu sou
E vivendo da forma simples que vivo,
Porque tua concepção a meu respeito,
Jamais fará diferença...
E a importância que tu achas que tens,
Não será capaz de mudar absolutamente nada,
Dentro da imensidão que tem todo esse planeta...
Aliesh Santos
Enviado por Aliesh Santos em 27/07/2016
Reeditado em 27/07/2016
Código do texto: T5711037
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