Queda de Chuva

Queda de Chuva

Cai a chuva

Em carne nua,

se banhando.

Gélida e pura,

Tudo arrasta,

Lavando,

Purificando,

Quais carícias

de mãos frias.

Cada polegada,

cada poro,

ocultos ou não

se abre ao toque.

Toques lentos,

golpes rápidos,

Explorando,

levando,

possuindo,

excitante,

prolongando

e negando o prazer.

Libertação,

Frustrada

E negada.

Luto,

estremeço,

A cada toque.

Dor ausente

Permitida,

numa torção

da carne,

chamejando,

de desejo,

Meu êxtase.

Derramo sementes,

Ejaculo sémen,

Anseio emprenhar.

Doces sussurros,

promessas juradas.

Paixões retardadas...

A chuva cai

resfriando,

Em gotas esquecidas,

A pele desnuda,

Tremo, de frio,

Ou antecipo,

Beijos e toques,

Teus, embutidos,

No teu fogo,

De vulcão,

Sobre a chuva.

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 27/07/2016
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