Poeta do Engano
Poeta do Engano
Porque canto eu
mil trovas de amor?
Que rabiscos cedo
a folhas maceradas
de palavras de engano?
Porque me enamoro de musas,
obtusas amásias de ocasião?
Se o amor se fina em laivos de dor,
porque lhe teço eu teias de ilusão?
Melhor seria que as mãos
se me tolhessem, inertes.
Que o meu ser perecesse
vegetando de solidão.
Num dia funesto, sombrio,
afirmei, tolo, que a saudade
era um amor real distante.
Que engano tão farsante!
A saudade, não é senão
uma eterna marcha fúnebre!
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