Perdão
Perdão
Perdoa-me, por meus olhos se erguerem
Para os teus, de tão apaixonados,
E, assim, te enrubescem as faces,
Estão bem felizes de te verem,
E, também, teus olhos enlevados;
Perdoa, porque não usam disfarces!
Perdoa, se meus lábios se emudecem
Perante ti, bela e sedutora,
ornada de mil véus anilados.
De contemplação, eles padecem,
Muito eles te desejam, senhora,
Te beijar por mais e mais mil pecados!
Perdoa-me, se meu corpo se afasta
Do teu, como que envergonhado,
Alquebrando-se de convulsão.
Mas se desta doença nefasta,
Pela tua compaixão for curado,
Não esperes de mim mais perdão!
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