O RIO SOB O NEVOEIRO

O que encontraremos sob o nevoeiro?

A clareza do estio ou a sombra da maldade que assola o Rio de Janeiro

O que estará no final da obscuridade branca?

Uma nova tragédia ou velha esperança de ser brasileiro?

É inverno neste lugar de encanto ímpar e peculiar

Na clara invisibilidade o vento gélido sopra no ar uma canção nostálgica

Tanta beleza, chega a emocionar, num céu esculpido onde nuvens parecem dançar

A tristeza foge, as mazelas me saltam dos olhos como mágica

Num instante suficiente para sonhar cochilo no trepidante ninar da condução

Quisera eu ocultar tanta aflição no turbilhão de cores da Primavera

Nas suaves manhãs do Outono, nas densas névoas do Inverno, no radiante Sol do Verão

Quem dera eu, transformar tantos sonhos em realidade, quem dera!

E dissipar todo o desamor do mundo na venustidade desta “maravilhosa” cidade.

(2° SARAU POÉTICO - ATENDENDO A PEDIDO DA POETISA, Lucia Moraes)