Labirintos do abismo
No abismo controverso de desespero e raiva entre pular ou ficar à beira da covardia e da instabilidade de ter que suportar as memórias, e ver o nascer do sol ou a noite cair pela janela, em vez de sair e sentir o ar dessa brisa que vai acalmando aparentemente, o Sol radiante que nos aquece ou a chuva que nos molha. Só de ouvir a brisa eu já posso ir aos confins do inesperado, do absurdo e em um tempo remoto, onde dou voltas como num labirinto até chegar a lugar algum, posso encontrar na simplicidade do teu ser mesmo quão difícil seja te encontrar, mas ostentando com as tuas asas envolvendo a fortaleza do teu coração, abraças as memórias a despir a tua fraqueza, reverencias perante o silêncio e te fazes grande quanto ao menor ruído, tantas noites sofrendo ao vento para que esta brisa fria faça chegar a calidez de teus pensamentos e fiques com ela como um vendaval que arrasa com tudo, e até com um pouco de ti.