Onde Moro?
Já morei no simples, no senso comum, imbuído na lida,
Laborando no tempo, que aos poucos, foi destilando a vida,
Habitei o cerne populoso dos redutos da cidade,
Orbitei a ambição, comi da ilusão e bebi da vaidade,
Me lancei sedento e , então já dentro, de terras estrangeiras,
Percebi o mundo, outra gente, novas fronteiras,
Já habitei o Éden, o sol e de lá pra cá,
Sondando este mundo, o centro da terra, o meu lugar,
Enfim, hoje eu moro em mim mesmo, pois me dei conta,
Que o melhor lugar, de se estar, é quando a gente se encontra.