REVOLTA
Segundo semestre de 2006
Sinto em minha dor
Ódio...
Sinto em minha revolta
Um desejo incontrolável de agredir.
Meus sentimentos são caixões fechados.
De lá pode sair um zumbi
Ou até um Homem-deus traído.
Sentir, sentir, sentir.
Minha mão tocou espinhos,
Sangrou,
Mas nada senti.
Proíbo a mim sentir,
Pois sentir traz dor.
Quando vejo pessoas,
Não as vejo,
Vejo somente corpos,
Porque em algum lugar elas me atacaram,
E não é da minha natureza oferecer a outra face.