SER OU PARECER
Eu já estive onde o “parecer ser” era a morada dos lobos na noite,
Que tragavam nossas peles vulneráveis que buscavam se aquecer à luz fria do luar,
Eu demonstrava o “ser”, sem notar que seria um confronto perdido,
Mas as regras que destruíam expectativas eram as mesmas que permitiam a visão.
O rio não ensaia no som de suas águas sua vontade de se derramar no mar,
Simplesmente com força abre os caminhos, despedaçando qualquer barreira,
Entretanto, seus discursos cansam os ouvidos nestes dias de cão,
Pois eu vim de lá, onde as sombras não correspondiam as suas realidades.
Você questiona por eu parecer congelado, mas o que eu poderia fazer?
Não há sentindo em revelar os motivos, ainda que a razão tenha sido você,
Talvez esse seja o erro, não querer mais arriscar,
Pois onde tudo parece ser, o rio pode confundir um deserto com o mar...
Se até os fantasmas encontram as almas totalmente perdidas,
Qual desculpa seria a tua para prosseguir no lado oposto?
Um “parecer ser”, um falso interesse para ter mais seguidores e alimentar o ego,
Em um jogo que infelizmente não haverá empate.