Quem se importa?
Quem se importa
Com a solidão que vem
Batendo à porta,
Em noite fria, gélida, vazia,
Neste coração tristonho,
Mas tão cheio de sonhos,
Desta poeta amargurada?
Quem se importa
Com as lágrimas que descem rápidas
Pela face e vão fazendo estragos.
De mágoas,
Vão encharcando a fronha e o travesseiro...
De rancor,
Vão ensopando os lençóis do quarto inteiro ...
Acaso, alguém já se perguntou
Qual seria o motivo,
Desse versejar triste e tão contrito,
Que, outrora tão feliz, incontido,
Fazia delirar os corações enamorados?
Acaso, alguém desconfiou,
Por que suas ora tristes grafias,
Agora choram livres,
Manchando de desespero todo escrito?
Não... Ninguém perguntou...
Haveria alguém disposto a sentir algo?
Algum leitor, talvez
Algum coração solidário,
Que não deboche de seus versos desfigurados,
Nem de suas linhas sem qualquer rima?
Haveria alguém disposto,
A sentir em seu peito um pouco do gosto,
De toda a dor que escorre de sua poesia?
Não, não há ninguém...
Na verdade, há muito tempo,
As luzes se apagaram,
Os leitores só leram por alto e se foram...
Nada sentiram,
Nada falaram,
Está tudo acabado!
Tudo ficou como antes,
Frio, triste e vazio...
Mas, ao menos,
Restaram a poeta, sua poesia
E seu coração despedaçado...
Mas, afinal quem se importa?
Com a solidão que vem
Batendo à porta,
Em noite fria, gélida, vazia,
Neste coração tristonho,
Mas tão cheio de sonhos,
Desta poeta amargurada?
Quem se importa
Com as lágrimas que descem rápidas
Pela face e vão fazendo estragos.
De mágoas,
Vão encharcando a fronha e o travesseiro...
De rancor,
Vão ensopando os lençóis do quarto inteiro ...
Acaso, alguém já se perguntou
Qual seria o motivo,
Desse versejar triste e tão contrito,
Que, outrora tão feliz, incontido,
Fazia delirar os corações enamorados?
Acaso, alguém desconfiou,
Por que suas ora tristes grafias,
Agora choram livres,
Manchando de desespero todo escrito?
Não... Ninguém perguntou...
Haveria alguém disposto a sentir algo?
Algum leitor, talvez
Algum coração solidário,
Que não deboche de seus versos desfigurados,
Nem de suas linhas sem qualquer rima?
Haveria alguém disposto,
A sentir em seu peito um pouco do gosto,
De toda a dor que escorre de sua poesia?
Não, não há ninguém...
Na verdade, há muito tempo,
As luzes se apagaram,
Os leitores só leram por alto e se foram...
Nada sentiram,
Nada falaram,
Está tudo acabado!
Tudo ficou como antes,
Frio, triste e vazio...
Mas, ao menos,
Restaram a poeta, sua poesia
E seu coração despedaçado...
Mas, afinal quem se importa?