OLHAR NOTURNO
OLHAR NOTURNO
Debaixo de mim a cidade dorme:
adormece as suas picuinhas,
as suas misérias.
Os vira-latas quebram o silêncio
talvez solitários,
talvez no cio.
Em algum lugar os amantes roçam
os seus corpos libidinosos.
Abro a janela garoa. Garoa fina e cortante.
È meia-noite? Uma hora?
Sei lá!
Talvez os meus fantasmas respondessem.
adoráveis fantasmas!
companheiros inseparáveis.