OLHAR NOTURNO

OLHAR NOTURNO

Debaixo de mim a cidade dorme:

adormece as suas picuinhas,

as suas misérias.

Os vira-latas quebram o silêncio

talvez solitários,

talvez no cio.

Em algum lugar os amantes roçam

os seus corpos libidinosos.

Abro a janela garoa. Garoa fina e cortante.

È meia-noite? Uma hora?

Sei lá!

Talvez os meus fantasmas respondessem.

adoráveis fantasmas!

companheiros inseparáveis.

Geovane Morais
Enviado por Geovane Morais em 24/06/2016
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