A vontade dos sonhos.

Haverá um tempo.

Que não será o tempo.

O resto é ilusão.

A fortiori.

O que seria o sonho.

Se não fosse a imaginação.

Modus operandi.

Apenas o delírio das nossas vontades.

Haverá um tempo distante.

Melancólico.

Sombrio a destinação.

O esquecimento das fantasias.

Uma onda inexorável de ar.

Sem oxigênio.

Meteoricamente.

O que será o futuro.

A tristeza ideológica.

De um heurístico olhar.

Muito longe.

Praticamente indeterminável.

Como se fosse todos os outros dias.

A somatória de cada instante.

Não perceberá.

O imenso mundo desértico.

A hermenêutica hilética.

Sem respiração.

O que deve então ser dito.

A esse momento peremptório.

A não ser a percepção.

Da fragilidade emotiva.

Das ondulações perdidas.

Da facticidade ontológica.

Caminhos percorridos.

Sinais desaparecidos.

O entendimento do esquecimento.

Mas a distância negada.

As proposições aléticas.

O infinito imensamente vazio.

Escuro e frio.

O silêncio recomeçando.

Imbecis enfileirados a contemplação.

Sem saber discernir.

O desejo de conseguir vencer.

Terei de explicar a minha pessoa.

A lógica cruel de tal metafísica aletheica.

A perpetuação das ilusões.

Mercantilizadas em armadilhas persuasivas.

Aos rancores dos sonhos.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 23/06/2016
Reeditado em 23/06/2016
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