A vontade dos sonhos.
Haverá um tempo.
Que não será o tempo.
O resto é ilusão.
A fortiori.
O que seria o sonho.
Se não fosse a imaginação.
Modus operandi.
Apenas o delírio das nossas vontades.
Haverá um tempo distante.
Melancólico.
Sombrio a destinação.
O esquecimento das fantasias.
Uma onda inexorável de ar.
Sem oxigênio.
Meteoricamente.
O que será o futuro.
A tristeza ideológica.
De um heurístico olhar.
Muito longe.
Praticamente indeterminável.
Como se fosse todos os outros dias.
A somatória de cada instante.
Não perceberá.
O imenso mundo desértico.
A hermenêutica hilética.
Sem respiração.
O que deve então ser dito.
A esse momento peremptório.
A não ser a percepção.
Da fragilidade emotiva.
Das ondulações perdidas.
Da facticidade ontológica.
Caminhos percorridos.
Sinais desaparecidos.
O entendimento do esquecimento.
Mas a distância negada.
As proposições aléticas.
O infinito imensamente vazio.
Escuro e frio.
O silêncio recomeçando.
Imbecis enfileirados a contemplação.
Sem saber discernir.
O desejo de conseguir vencer.
Terei de explicar a minha pessoa.
A lógica cruel de tal metafísica aletheica.
A perpetuação das ilusões.
Mercantilizadas em armadilhas persuasivas.
Aos rancores dos sonhos.
Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.