Inutilidades

Inutilidades

São inúteis todos meus poemas

que clamam os amores excelsos

quando minha alma sangra de dor

num imenso abismo da solidão.

Que inúteis são minhas lágrimas

vertidas no deserto de meu ser

fustigado por ventos de negação

envolvendo as emoções de morte.

Tão inúteis são meus suspiros

almejando quem os ouça, atenta,

se minha boca emudecida de raiva

não ousa mais dizer: "amo-te!".

Que inúteis são meus olhos cegos

que não enxergam senão o negro

da noite infinita sem estrelas

esperando o toque de finados.

Inutilidades são estrelas novas

desencadeando o caos no caos

dos meus sentimentos traídos

de mentiras, ceifados d' emoções.

De todas estas inutilidades,

Tem este poema prenho de loucura

esvaindo-se no desespero final

de nunca ser lido por quem se ama.

Inutilidades apenas!

Tais como eu...

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 23/06/2016
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