Inutilidades
Inutilidades
São inúteis todos meus poemas
que clamam os amores excelsos
quando minha alma sangra de dor
num imenso abismo da solidão.
Que inúteis são minhas lágrimas
vertidas no deserto de meu ser
fustigado por ventos de negação
envolvendo as emoções de morte.
Tão inúteis são meus suspiros
almejando quem os ouça, atenta,
se minha boca emudecida de raiva
não ousa mais dizer: "amo-te!".
Que inúteis são meus olhos cegos
que não enxergam senão o negro
da noite infinita sem estrelas
esperando o toque de finados.
Inutilidades são estrelas novas
desencadeando o caos no caos
dos meus sentimentos traídos
de mentiras, ceifados d' emoções.
De todas estas inutilidades,
Tem este poema prenho de loucura
esvaindo-se no desespero final
de nunca ser lido por quem se ama.
Inutilidades apenas!
Tais como eu...
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