Fuga

Fuga

Escrevinho a eito,

palavras sem jeito,

num triste poetar.

Narram mágoas feitas,

de amor e maleitas,

e lanço-as ao mar.

Navego nos sonhos,

de ritos medonhos,

e sereias cantam...

Rujo pragas vãs,

a nubladas manhãs,

que me desencantam!

Coração em fuga

de corpo que enruga

de insana velhice,

Folha dum Outono,

em eterno sono,

de amena denguice.

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 21/06/2016
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