Maldição
Minha alma veste o sacrilégio
Ignorando a natureza dos lodos
É o impacto que tem o privilégio
De inundar os sentidos todos.
Não tenho tempo para fetichismo
Sou loucura análoga a realidade
Sou uniforme perante a eternidade
Assim como as teias do abismo.
Estruge da boca a súplica do vento
Que replica a ingratidão da água,
O fogo da escuridão do ser violento
É tecido pelas linhas da mágoa.
Quando achava ser rico em ambição
Esta alma pueril eu demonstro
Percebi que estava preso a maldição
Onde eu era meu único monstro.