Existência

Existência

Minha vida nada é, senão:

Sentimentos joviais renunciados,

lançados às cinzas sem dó,

sem ternura nem o fogo de paixões.

A escolha de uma alma utópica,

rasgada de mim e em pedaços

de uma vida imortal lançada dos céus.

Para os fogos mortais

Amalgamados em fornos

de promessas quebradas

e de ódios renascidos..

(E ardo, como danado fosse...)

No âmago de um coração torturado.

Gritando a força da alma perdida no abismo.

Alimentada de recordações passadas.

E o fel ácido de felicidades abandonadas.

Minha existência são:

Mentiras, desprezos,

confianças quebradas;

pintadas, em tons de dor

na tela de minha alma.

O meu destino,

A quem abro meus braços

com um sorriso profano.

Minha alma consumida

pelos fogos de ódio.

E amores em tentativa.

Hoje, eu sou, dramaticamente,

O manipulador das emoções.

A minha luxúria insaciável

da carne fêmea, que seduzo,

e transformo os gemeres

de dengosas amantes

em coros nocturnos.

Sou a mentira do amor...

Sou a mísera existência.

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 16/06/2016
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