Existência
Existência
Minha vida nada é, senão:
Sentimentos joviais renunciados,
lançados às cinzas sem dó,
sem ternura nem o fogo de paixões.
A escolha de uma alma utópica,
rasgada de mim e em pedaços
de uma vida imortal lançada dos céus.
Para os fogos mortais
Amalgamados em fornos
de promessas quebradas
e de ódios renascidos..
(E ardo, como danado fosse...)
No âmago de um coração torturado.
Gritando a força da alma perdida no abismo.
Alimentada de recordações passadas.
E o fel ácido de felicidades abandonadas.
Minha existência são:
Mentiras, desprezos,
confianças quebradas;
pintadas, em tons de dor
na tela de minha alma.
O meu destino,
A quem abro meus braços
com um sorriso profano.
Minha alma consumida
pelos fogos de ódio.
E amores em tentativa.
Hoje, eu sou, dramaticamente,
O manipulador das emoções.
A minha luxúria insaciável
da carne fêmea, que seduzo,
e transformo os gemeres
de dengosas amantes
em coros nocturnos.
Sou a mentira do amor...
Sou a mísera existência.
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