Fidelidade
Meço minha fidelidade perversa
Quando a sonoridade me regressa
aos ouvidos, numa análise inversa
Enquanto contemplo a fome.
Meus escravos estão na cabeça
Eu desejo que a hora enlouqueça
E de repente, deprima as construções
Desconstruindo todas as instruções.
Se eu for sofrer por meus rancores
Ou dos métodos de fugir das dores
Vou ver que nunca nada são flores
Apenas um carnaval de estranhas cores
Que nos imprime intensamente até o final.