A VERDADE DO JULGAMENTO ALHEIO - Poesia nº 18 do meu terceiro livro "Relevos"

A depender do céu que te ouve e até o espia,

Tens na verdade pavor, se tu, fores chamado,

E desta denúncia a quereres fazer, se elegias,

Tarde já é, se a quem julgastes, foi o errado!

Toda culpa sem fundamento a um ser da terra,

Que da tua ignorância sofre a falta de respeito,

É qual onde o castigo da alma não se encerra,

E dorida, quando o remorso deitar em teu leito!

O fado que antes seria aos que tanto reprovas,

É a pena que te surge, ao mentires pra justiça

E por não honrardes perdões, sem ter provas.

No limiar, a que outros tu desejas, te enfeitiça;

Na verdade, entenda-os, sem abrir-lhes covas,

Não julgueis, se é a calúnia que a eles tu atiça!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 14/06/2016
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