Encruzilhada

Encruzilhada

Na noite da eterna solidão,

perscruto os ecos brumosos

do éter rendado de prata.

(Só o silêncio lúgubre me cerca

e mil imagens se formam loucas

no tracejado imaginário do vazio).

Neste silêncio, adenso o olhar

e emudeço o coração inquieto

no limite do desfalecimento fatal.

(Meu espírito se eleva célere

e, na imaginária tela, rabisco

traços aleatórios de teu corpo).

Mas, na encruzilhada destes esboços,

esbato os tons quentes do tremeluzir

e realço os tons negros e os alvos.

(Afugento, assustadas, as sombras

de cinza, quando minha mão se eleva

num toque impossível do imaterial).

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 10/06/2016
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