Tingindo palavras
A rua deserta consome o dia
O solitário aclama o silêncio
Despejo tinta nas palavras
- Não devem sair noturnas -
O albor as receberá:
Ao abrir os olhos famintos!
As pálpebras da vida:
Acortinam as saudades
E colocam na sombra os sentidos
Dormem anjos, o insone poeta
Escolhe as cores dos sentimentos
Tudo o mais é um suspiro: repousam
Balançam na rede as preguiças
Lá fora o mundo gira, nem sei!
Das andanças do universo
Importa pouco saber dos astros
Alimento o sobejo do dia
Na madorna da rua, nas tintas
Que se espalham no verso
A rua deserta consome o dia
O solitário aclama o silêncio
Despejo tinta nas palavras
- Não devem sair noturnas -
O albor as receberá:
Ao abrir os olhos famintos!
As pálpebras da vida:
Acortinam as saudades
E colocam na sombra os sentidos
Dormem anjos, o insone poeta
Escolhe as cores dos sentimentos
Tudo o mais é um suspiro: repousam
Balançam na rede as preguiças
Lá fora o mundo gira, nem sei!
Das andanças do universo
Importa pouco saber dos astros
Alimento o sobejo do dia
Na madorna da rua, nas tintas
Que se espalham no verso