Doce de Noz e Amêndoa

Doce de Noz e Amêndoa

Tu e eu somos iguarias,

O ponto pérola diluído,

Água liberta dos corpos.

Somos suco em caramelo

Adoçando agruras de vida;

Sou a noz e tu amêndoa.

Eu sou noz enclausurada

No casulo rugoso que resiste

Em ofertar o paladar nodoso.

Tu és a amêndoa vestida

De amarelo suave e liso

Que se doa à nossa junção.

E a vida nos mistura ralados

Na grossa massa intemporal

Acastelada de desejo e paixão.

Agita e esgota-nos de sabor

Promete, subtis delícias de amor,

Suspiros, beijos, ais e cremes.

Somos os doces temperados

No fogo das paixões errantes,

O requinte de poetas regalados.

Somos a mera pasta levedada,

Fervente, que cresce sem limite,

Esvaindo, licorosa, a eternidade.

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 06/06/2016
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