Dezenove
Venho por meio deste,
Explicar sem nenhum medo
Que quem se enche de lamúrias
Vive pouco, morre cedo
Pois já provei certas angústias
E todas elas têm gosto azedo
Muita gente reclama,
Alegando não ser feliz
Isso é, com certeza,
Obra de quem não sabe o que diz
Como se sua vida se resumisse
Só em ter algo que sempre quis
Uma coisa que influi
Com certeza é a idade
Mas o que define mesmo,
Só a responsabilidade
E o modo de lidar
Com a tal da liberdade
O segredo é conciliar
Estudo e divertimento
Criar uma rotina,
Mas fugir dela em algum momento
Porque viver como um robô,
Eu sinceramente não aguento
Gosto de saber
O que faço e o que me move
Sigo minhas próprias regras
Sem precisar que alguém aprove
Se digo é porque aprendi,
E eu só tenho dezenove
Sendo assim, todos crescem,
Mas poucos saem do ninho
E como disse um amigo meu,
Entre alguns goles de vinho
"Sou como um leão.
Se me prenderes, eu definho."