Dezenove

Venho por meio deste,

Explicar sem nenhum medo

Que quem se enche de lamúrias

Vive pouco, morre cedo

Pois já provei certas angústias

E todas elas têm gosto azedo

Muita gente reclama,

Alegando não ser feliz

Isso é, com certeza,

Obra de quem não sabe o que diz

Como se sua vida se resumisse

Só em ter algo que sempre quis

Uma coisa que influi

Com certeza é a idade

Mas o que define mesmo,

Só a responsabilidade

E o modo de lidar

Com a tal da liberdade

O segredo é conciliar

Estudo e divertimento

Criar uma rotina,

Mas fugir dela em algum momento

Porque viver como um robô,

Eu sinceramente não aguento

Gosto de saber

O que faço e o que me move

Sigo minhas próprias regras

Sem precisar que alguém aprove

Se digo é porque aprendi,

E eu só tenho dezenove

Sendo assim, todos crescem,

Mas poucos saem do ninho

E como disse um amigo meu,

Entre alguns goles de vinho

"Sou como um leão.

Se me prenderes, eu definho."

Clara de Araújo
Enviado por Eugênia Kelly em 06/06/2016
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