Deserto

Deserto

Se ouvires um clamor,

No deserto da vida,

Não sustes teu andar!

Não tremas de pavor,

Desta alma perdida

Num atroz sublimar.

Almas tão errantes,

de ais tão lancinantes,

arrastam vilezas,

paixões e as tristezas,

da masmorra cruel

deste mundo, e o fel.

Negadas de amores,

Carnavais de flores,

Mistificam-se as dores.

Inebriam-se de carícias,

Excelentes perícias

Das amantes e malícias.

Definham. E o amor,

Assaz fome poética,

Desgostoso, morreu.

Submisso da dor,

Expressão patética,

No vazio se perdeu.

Se ouvires um clamor,

No deserto do amor,

Não dês atenção.

Não sintas tal dor

Deste sofredor

Que desdiz um não.

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 04/06/2016
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