ENEAGRAMA
Acordei letárgica e com estranhamento, com ar alheio
Olhei-me no espelho e indaguei sem qualquer rodeio:
Olha, cada hora do dia que se passa menos te conheço
Diz-me o que faço para ser melhor: – que eu obedeço!
Que posso fazer para te desvendar, para te conhecer?
Estudei e identifico as teorias da complexidade do ser.
Umas sobre a poética, outras da ciência, outras estéticas.
Outras filosóficas, outras da religião, outras éticas,
Mas continuo a viver das mesmices sem me conhecer!
Quero me descobrir, me ver totalmente, transparecer.
Cada vez que me induzo ao profundo dessa pergunta
A mente persuade o pensamento, e com falácias luta
Contra tudo que possa modificar o que aqui estar.
Ela é rude. Ilude, tem vontade própria e não quer mudar.
Só a consciência, essa amiga, pode intervir e comandar!
Quanto mais luz, mas difícil as trevas da mente, iluminar
E nesse ostracismo da grandeza do ser, quero me adentrar.
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