Poesia de protesto contra o estupro
A violência que vem do assédio
A tortura que vem do sangue frio
O silêncio que vem vazio
Somos homens, mulheres...
...humanos
Obrigados a viver por baixo de panos
Somos tratados como culpados
Enquanto nossos corpos machucados
Por seres tão desumanos
O nossos sonhos são roubados
E nossa esperança é esfaqueada
O estupro é a violência que silência
São facadas eternas, enquanto pedimos clemência
A sociedade hipócrita prefere a cegueira
Botar os olhos na areia
Onde estão os pseudo-ditos-heróis?
Batinas, microfones, rojões, ordem?
Cadê?
Escondidos por baixo de lençóis
Só sabem ligar os faróis
Quando querem nos colocar no escuro
E calar o que há mais puro
A nossa chance de acreditar
A nossa chance de amar
A nossa chance de imaginar
Tudo que cultivamos
Não vou me calar
Não vamos apagar
Em nome da paz, pedimos luz todos os dias
Para que todos possam sorrir
Sem se ferir
Em nome da paz, sejamos livres