A cerca de arame farpado!
A cerca era de arame farpado,
Ninguém podia se aproximar,
Os muros altos lhe impediam de enxergar,
O que o mundo queria lhe apresentar.
Era um velho deitado na praça,
Tirado da vida e entregue as traças,
Tiraram-lhe a dignidade,
Trazendo-lhe apenas saudade.
Seu objetivo era não se machucar,
Mas feria os outros por acreditar,
Que a maldade humana era milenar.
A cerca era de arame farpado,
E quem a tocasse podia até ser atacado,
Eram cães de guarda por todos os lados,
Eram soldados cheios de predicados.
Mas ninguém iria tirar sua paz,
Pois só a solidão lhe satisfaz,
Ninguém iria tirar seu sossego,
Pois seu nome já era desapego.
Mas como dizia aquele velho ditado (ou aquele velho deitado?):
"Deus tem mais para dar, do que o diabo para tirar."
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