A cerca de arame farpado!

A cerca era de arame farpado,

Ninguém podia se aproximar,

Os muros altos lhe impediam de enxergar,

O que o mundo queria lhe apresentar.

Era um velho deitado na praça,

Tirado da vida e entregue as traças,

Tiraram-lhe a dignidade,

Trazendo-lhe apenas saudade.

Seu objetivo era não se machucar,

Mas feria os outros por acreditar,

Que a maldade humana era milenar.

A cerca era de arame farpado,

E quem a tocasse podia até ser atacado,

Eram cães de guarda por todos os lados,

Eram soldados cheios de predicados.

Mas ninguém iria tirar sua paz,

Pois só a solidão lhe satisfaz,

Ninguém iria tirar seu sossego,

Pois seu nome já era desapego.

Mas como dizia aquele velho ditado (ou aquele velho deitado?):

"Deus tem mais para dar, do que o diabo para tirar."

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Moises Tamasauskas Vantini
Enviado por Moises Tamasauskas Vantini em 23/05/2016
Código do texto: T5644540
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