Amores Mundanos

Amores Mundanos

Que me importam amores mundanos,

honrarias e prazeres ufanos,

promessas falsas de eternidade,

se, em meu redor, felicidade

me atinge num vigor imortal

me eleva numa arte conjugal?

Que me dessedenta do torpor

de tempos febris e buliçosos,

almejando doação total,

sem receber, de outro ser mortal

mergulhado em prantos ciosos

só o cárcere do seu rancor?

Em redor, meu olhar se liberta,

vagueando em parte incerta,

onde a natureza se conjuga,

escondendo de mim esta fuga.

Em redor, as montanhas e céus

acasalam, em dança de véus,

matizados dos verdes tocante

anilados. Eu sou seu infante.

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 21/05/2016
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