Amores Mundanos
Amores Mundanos
Que me importam amores mundanos,
honrarias e prazeres ufanos,
promessas falsas de eternidade,
se, em meu redor, felicidade
me atinge num vigor imortal
me eleva numa arte conjugal?
Que me dessedenta do torpor
de tempos febris e buliçosos,
almejando doação total,
sem receber, de outro ser mortal
mergulhado em prantos ciosos
só o cárcere do seu rancor?
Em redor, meu olhar se liberta,
vagueando em parte incerta,
onde a natureza se conjuga,
escondendo de mim esta fuga.
Em redor, as montanhas e céus
acasalam, em dança de véus,
matizados dos verdes tocante
anilados. Eu sou seu infante.
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