Escritos
Gosto dos meus escritos, que não dão lucro
Que teimam comigo, parecendo burro xucro
Toda vez que penso em parar de escrever
Ou fico um tempo longe, sem nem mesmo ler
Mas depois vem a saudade, e então invade
Mesmo sem querer, é feito a febre covarde
Que faz ver miragem, e volto sem perceber
Como uma necessidade, palavra me faz viver
Quando somadas a tantas outras, sou forte
Sem lucro, me sinto rico, mesmo sem porte
Sou chique, clichê de ideias, vitrine tão viva
Tatuada em mim, que só faz um bem e cativa.