ACORRENTADOS

Alguém gritou indignado:

estamos acorrentados

por estrutura bem cimentada

e não podemos fazer nada!

Estamos acorrentados?, eu lhe pergunto...

Acorrentados,

podemos até estar.

Mas se estamos acorrentados

juntos podemos nos libertar...

Porque haveria de ocorrer

de não podermos fazer nada?

Não podemos é isso pensar!

Somos sujeitos de nossa estrada.

E podemos nos reinventar

ao nos movermos.

Ao engendrarmos formas, trejeitos

mais ou menos (im)perfeitos

de todas correntes,

normas e governos,

ao querermos,

podermos quebrar!...

(Luiz Carlos Flávio)