Espelho moral

Ríspido como se deve ser.
Incauto na medida certa.
Portador de ares incompreensíveis.
Doce subjetividade aliciante.
 
Questiona-se sua altivez,
mas demostra ser perspicaz.
Sujeito sóbrio em produção...
mais que produto
é sua ética que se desfaz.
 
Não é julgado pelas mazelas,
antes, pela incongruência no falar.
Ser incompleto, disperso...
alma sombria e fugaz.
 
Retoma o caminho de casa.
Ali, na esquina, seu endereço.
Lugar fixo não lhe encaixa,
nem sua alma possui apreço.
 
Estanco e indiferente,
o mundo não lhe é capaz de julgar.
Juntos, adentramos o caos...
Bebendo um veneno social