Manuscrítico da Sanidade
Me falaram que a loucura
É a libertação da realidade
E disseram que era impura
Tal visão da nossa liberdade.
Se estar amarrado a certeza
É assim evitar qualquer heresia
Sintetizo nesta não-oca poesia
Sou insano e mantenho a razão presa.
Pontuo que não vejo bom senso
Ser moderado sempre e nunca intenso
Sou denso e desejo viver de verdade.
Ainda que não me tolerem de fato
Há poder na honestidade do relato
Então estou imune da tal sanidade.