ALGARISMOS
Sou um açude de águas barrentas
Em desertos campos de primavera,
Flores murchas enfeitam as taperas
Num tempo de calor: oito ou oitenta!
Montes secos e poeira que se move
Infestando o espaço na forte ventania,
Fuligem discreta lapida tênue fantasia
Qual preço de etiqueta: noventa e nove!
No intenso calor o suor é bailado afoito
Que escreve sobre a areia oitenta e oito,
Mas que poderia ser qualquer número...
Os dias e noites são cúmplices tão fiéis...
Na essência da geografia tudo vale dez
Perante os problemas que são inúmeros!
DE Ivan de Oliveira Melo