LARÁPIO DE SONHOS

Larápio de sonhos;

Arre, como te odeio;

Deixas os putos tristonhos;

E a sua ambição a meio...

Chegas devagar;

Dizes ser amigo da prudência;

Mal se dá conta do teu profanar;

Se acaba a anuência...

Quantos deixaram de voar;

Por receio de te enfrentar;

Quantos não saíram do lugar;

Pois na sua mente, estavas tu a morar...

Medo, gostas de ser cruel;

Mas até me ajudas a viver;

És um espasmo de fel;

Que fazes vitórias prover...

Agarro-te o pescoço;

Sem piedade;

Juro que com o teu sangue faço um esboço;

Da minha vaidade...

Medo, agora faz-me frente;

Ou remete-te à tua insignificância;

És um verme doente;

Sem brilho nem jactância...