Que bom seria!
Bom seria se as coisas se resolvessem sozinhas,
sem que movêssemos um dedo,
E que tudo que está ruim se modificasse
E em lugar de choro, riso
Sem que fizéssemos nada. Sem atitudes,
como num passe de mágica
Mas a vida insiste por nós
A vida nos obriga
E depois ela vai jogar na cara:
não te disse?
E ela pode gargalhar porque afinal fomos nós que fizemos
Fomos nós que rompemos, ou não
Fomos nós que permitimos, ou não
A vida não quer carregar culpas,
ela quer sobre nossos ombros o peso
No nosso lombo o açoite
Quer que decidamos
Partir ou ficar, rir ou chorar
Não moverá uma palha e correremos o risco, todo o risco
E no fim, olharemos para trás e nem ao menos saberemos
se tinha que ser assim ou não
Se fizemos o certo ou errado
E por fim, haverá sempre um gosto amargo,
ou não!
Tomemos as cartas, lancemos os dados
E esperemos pela sorte
E depois a vida!
A vida após a morte!