Profecia de uma ilusão.
Muito mais que uma tempestade de nuvens.
A fortiori.
Dissolvidas em chuva de pedras.
Raios que caem para todos os lados.
Anunciando uma seca interminável.
Abdução metafísica.
O que virá será muito pior.
Sobretudo, ao que a imaginação possa pensar.
Bois morrerão as encostas das grandes montanhas.
As pastagens serão exterminadas.
Nem mesmo a madruga possibilitará o brilho de um novo sol.
Entretanto, o fundamento remonta a imbecilidade comum.
Recusa a criticidade.
Nem mesmo o elo foucaultniano.
Milhões deles aos berros e aos sons das panelas.
Diria ao soçobro das recordações.
Compara-se ao início do século xx.
Ideologias metafóricas.
Com efeito, quem são eles?
Aos gritos de campos férteis.
As balas perdidas nas favelas.
E ao púlpito das páginas sagradas.
Ausência dos princípios aletheicos.
Centenas deles remontam aos caminhos distantes da colonização.
O que faz a difusão do desencanto.
Ao sonho do poder.
Ao barulho das trombetas.
Os tribunais de exceção.
Pergunto para onde vai à imaginação?
Ao delírio de uma convulsão psicológica.
Aleluia, aleluia, aleluia, a salvação.
Nem mesmo keynesianismo epistemológico.
Alienação não apenas do espírito.
Entretanto, a ideologia do entendimento.
Acepção do eudemonismo etimológico.
O estabelecimento da liberdade de mercado.
Formarão coletividades, sem perspectiva histórica.
Sem diacronismo dialético.
Assertórico as proposições.
Verás e entenderás a escuridão.
Silêncio tomará conta do medo.
O novo dia será a eternidade.
Os últimos instantes da ascese idiossincrática.
Posteriormente ao caminho, pedras sobre pedras.
A mecanicidade do espírito institucional.
Akrasia dos aspectos propositivos.
Nenhum outro mundo, em outros instantes poderá ser igual.
Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.