Anti Horário

Eis o muro

Altíssimo

Da impossibilidade

Ao sul

Da minha incapacidade de se fazer ouvir, latentemente

Latente mente

Ou, ao nascente

Da irreconhecibilidade da sociedade

De que mesmo pequeno

Compreendo quando ouço vozes

D’além, do muro

Ou ainda, ao norte

Do desinteresse irracional

Inconsciente ou não

Enfim, ao poente

Da brevidade da vida

Do tempo que não pára

Não espera...

Não!

Espera!

Quando crescer, abrirei um portão.

Monteiro Minuto
Enviado por Monteiro Minuto em 04/05/2016
Código do texto: T5624582
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