Soneto efêmero

Neste mundo de inconstância,

Somente ela reina.

E tudo que é belo, na arrogância,

Se enfeia.

Tudo, por mais que sincero,

Na inconstância se refreia.

E este morrer severo,

É o tempo que a natureza semeia.

Desde o nascer efêmero da luz,

À tomada rasteira do escurecer.

A natureza é quem nos traduz

Neste suposto ato de envelhecer.

Aprenda com a estrela que reluz,

Que o mais natural da vida é morrer.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 29/04/2016
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