Soneto efêmero
Neste mundo de inconstância,
Somente ela reina.
E tudo que é belo, na arrogância,
Se enfeia.
Tudo, por mais que sincero,
Na inconstância se refreia.
E este morrer severo,
É o tempo que a natureza semeia.
Desde o nascer efêmero da luz,
À tomada rasteira do escurecer.
A natureza é quem nos traduz
Neste suposto ato de envelhecer.
Aprenda com a estrela que reluz,
Que o mais natural da vida é morrer.