O LADO SINGELO DA MINHA METADE.

Aprendi a viajar na luz da lua, ficar imaginativo e mais perto do sol sem explodir em uma vaidade crua. Então eu sigo tentando proteger o meu quebra cabeças, já vazio de palavras avessas e incompreensíveis, em todos os sentidos, das vontades intraduzíveis, onde as lembranças ainda continuam em conexão, excluídas da escuridão de motivos amplificados dentro de mim.

Assim, estou sempre no paralelo da realidade, vivendo no outro lado singelo da minha metade, com um espelho a minha volta a me contornar, onde vejo a verdade que tento coligir, em algum lugar do teu olhar que eu ainda continuo a existir, e esse espaço que ficou a refletir dentro do teu coração, que são como dois reflexos em uma só ligação, até se amainar, com todas essas ondas em sintonia, e todos os ventos mentais que me recarregam de harmonia.

Procuro sempre refinar com a expressividade dos meus sentimentos, que eu fomento em movimento, só para elevar os meus feéricos pensamentos, e que me alimento das ideias, visões e possibilidades. Eu sei que sou icástico em meu estado de inspiração, quando sou parte dessa concentração, da inteligência mental invisível onde é absorvida, e criada pela luz, que vem frangir os meus propósitos de não me tornar insóbrio, e apenas me abster dos pedaços tirados e largados, dos relacionamentos passados, pois muito menos eu vou me enclausurar numa montanha ermida, e viver eternamente em um cenóbio.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 26/04/2016
Código do texto: T5616694
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