Presunção
Essa aquática mulher de fases,
está alegre, ou, triste às vezes;
astral comete os seus deslizes,
fases passam, não são algozes,
após escuro, refulgem as luzes...
Preciso jeito pra saber a manha,
A hora do frio, a outra pra lenha;
A qualquer hora, a quero minha,
Qual ser, co’a amada não sonha,
Estar pegado, qual carne e unha?
A esperança morta que internara,
Promissória paga, não mais onera;
Atração desfeita que então, unira,
Pouco a pouco, co’a rotina minora,
Sobeja o pão, mas, falta a ternura...
Não mais verás o agressivo pânico,
Claro, não te darei jardim edênico,
presumisse perfeição, seria cínico,
só presumo que o amor é o tônico,
para a alma sensível, aliás, o único...