Impulsividade

Nego, se não quero o teu olhar, por aqui,

Mas peco, por não te querer voando ali;

Essa mania do pensar tomar um impulso,

Acaba com quase cortando esses pulsos...

Por falar demais, assim, lá vem os sais,

Dissabores dentro de mim, sem consolo;

Chora alma, chora o peito e dói demais,

Quero paz, teu amor, teu abraço, teu colo.

Quero ser feliz, por isso perdoa a insanidade,

Veloz, escreve rápido, e depois se arrepende;

E tanto te quer, que te perde, mas não prende,

Pois sabe bem, para qual valor o coração pende.

Mas já não pode pedir, o vento veio forte, varreu,

Poeira para bem longe daqui, e partículas voarão;

Mas permanecerá aqui, vínculo forte não arrefeceu,

Adormece agora, guarda impulsos que acalmarão.