CAMINHO DO SOL
Parado aqui, inerte, fincado ao meio-fio,
Saio vagando na garupa da imaginação,
Passeando pelas calçadas das tantas ruas,
Buscando e seguindo simplesmente o sol.
Evito o conforto do frescor das sombras,
Desviando o sossego das praças sombrias,
Eis que careço, fundo, do calor vívido do sol,
Da sua energia, mesmo que escaldante,
Da sua luz, que seja ofuscante,
Do seu cintilar, mesmo que me cegue.
Sigo o caminho do sol,
Quero aquecer, rebolir seus reflexos,
Para que minha reflexão seja iluminada,
Aquecida e geminada abundantemente,
Permitindo-me a clareza da sabedoria.
Tomara.