QUERO LHE COMER

Quero lhe comer, sua cachorra, sua puta, safada, descarada, mulher!
Esses, e, outros adjetivos..., essas antonomásias são espelhos do mundo moderno?
Não serão essas as vozes os linguajares esdrúxulos,e uma dissimulação machista?
Dos homens,  modernos e pós-modernos, e, que só vêm as mulhers como fêmeas?
Simplesmente, fatias de carnes, expostas, nas prateleiras da vida, a serem abatidas...

Comidas a qualquer preço, em quaisquer negociatas, sem zelo, no amor e amizade!
Ou apenas tudo isto é maturidade presumida, dos velhos varões saido das cavernas...
Não ficam, assim esses, contextos exagerados, e, as expressões deveras doentias?
Ou, são coisas do momento, maximizando as fantasias e são volúpias desmedidas,
A ratificar, essas irracionalidades  as inferioridades humanas, e as suas hipérboles!
Quero lhe comer, é distender, as sombras, sobre, o que belo, e, sobre, o harmônico!
Sobre, o que é real, e, é poético, entre,  os homens e mulheres e ferem as narrativas,
Ferem..., e maculam as noções, do que seja amor, e  do que sejam, os sentimentos...
A potencializar esses momentos..., indivisos, de amor e harmonia, nesses degraus!
Visto que, o conceito é de belezas e de entregas, renúncias, não de antropofagismo,
Tão pouco, de autofagismos anódinos, apesar de sabermos de como nós  homens...
Mutilamos a nós mesmos, e, a tudo que tocamos, como, nós retalhamos as carnes.
A expressão fazer amor,  lhe quero, lhe desejo, lhe amo, se unem bem à pretensão!
Contudo..., é notório, que de a muito, deixou mesmo de ser poético, lírico, romântico.
E quero lhe comer, lhe fuder, lhe trepar, putas, tem sido, bem a razão e os propósitos.
Reflexos, do comportamento feminino? Ou espelhos, de uma sociedade licenciosa?
Pois, os pratos, sempre expostos, nas prateleiras, são convites e expõe as fêmeas?
E, está super acomodado, a esse poder do macho a esse privilégio de ser homem?
Pois bem, também, não temos feito amor, pois, o, que temos feito, é, apenas meter!

Comércio, favores, dado que as vaginas, os ânus, a boca e os carinhos pretendidos,

Têm sido bem à moda, bem a essas as maneiras, apenas moedas de troco e troca.
Albérico Silva