Sem saber, nem deixar de saber
Trágico como os romances
de Milan Kundera no seu
desvendar daquelas tão nossas
superficialidades, eu
subo para tomar ar, depois
do mergulho numa piscina...
A água que me lembra isso!
Isso, isso o quê, meu Deus?
É tão tênue essa lembrança,
que foge da minha cabeça,
como poema de Carlos Nejar,
tão forte, tão fugidio também...
Mortal como os contos de
Machado de Assis, tão bem
longos quanto bem fluídos, é.
Infeliz e feliz ao mesmo
tempo, eu varo madrugada,
sem saber, nem deixar de saber...