Cuidado, Poetas!

Cuidado, Poetas!

Tomai cuidado, poetas,

Que andam para aí

Umas hienas a ulular

Famintas de carniça,

Dos despojos de almas

E das desventuras alheias.

Atentai, incautos poetas,

São serpentes rastejantes

Que injectam venenos e pus

Putrefactos de mal-amadas

Que se juntam em ninhada

Vomitando ascos enredos.

Vigiai, poetas ingénuos,

As vossas paixões pueris

Para que nunca caiam

Em pântanos lamacentos

Pejados de predadoras

Devoradoras de emoções.

Defendei-vos, poetas,

Das setas e dos dardos

Que lançam, malditas,

As traições e os enredos,

Dos mais vis escabros

Jamais passíveis de sonho.

Atacai, poetas de fogo,

Os mitos das suposições

De ditas poetisas de fel

Na sua impossibilidade

De amar. Vociferam, apenas,

Excertos da sua imundície!

Ensurdecei-vos, poetas,

Aos cantos das sereias

Carnais. São só matéria

Degradada pelos ciúmes,

Cujas almas perdidas há muito

Lhes foram arrebatadas por dó!

Acordai, queridos poetas,

Na noite do vosso encanto.

Acordai! Podeis sonhar

As vossas musas eternas,

Mas jamais lhes ofertem

A vossa poesia de mortais.

Leia mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=294017 © Luso-Poemas

Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 08/04/2016
Código do texto: T5598878
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.