Quero olhar, ainda,
antes de me ir,
as coisas na correnteza de minha infância,
a flor, que por segundos,
envergou-me ao puro encontro do encanto,
ao canto de um barranco, jamais percebida,
e era assim, entre mim e as coisas,
o ineditismo do olhar,
a fruta roubada que já me roubara,
a espera amadurecendo na verdura de tudo.
O resto, varrido por um vento divino,
morre na língua maledicente dos que lançam
as próprias cruzes nas costas alheias,
por descoragem ou anemia.
antes de me ir,
as coisas na correnteza de minha infância,
a flor, que por segundos,
envergou-me ao puro encontro do encanto,
ao canto de um barranco, jamais percebida,
e era assim, entre mim e as coisas,
o ineditismo do olhar,
a fruta roubada que já me roubara,
a espera amadurecendo na verdura de tudo.
O resto, varrido por um vento divino,
morre na língua maledicente dos que lançam
as próprias cruzes nas costas alheias,
por descoragem ou anemia.