O Feto Calado
A infâmia vilíssima do castigo
Concretiza a alma da violência
O sonho se torna mais que abrigo
É realidade além da clemência.
Não há lágrimas derramadas
Nem há palavras descritas
Só há sangue nestas estradas
Só há a arte das artes malditas
O silêncio é mais que suficiente
é ciência da morte anunciada
Um beijo intermitente da morte.
A destreza é fato inconsciente
Demência da alma adulterada
Afinal: quem nisso teve sorte?