Almas Tóxicas

As desventuras enchem de ser

Só tornam-se algo das entranhas

Vegetam como auras estranhas

Loucuras que estão a entreter.

A cólera em alucinação santa

É a emoção mais verdadeira

De quem ainda se espanta

Com o vazio da cidade inteira.

Meu tempo é um tombo

Entre a suavidade dos degraus

Da angularidade e seus graus

E da queda surge um rombo.

O adoecer dos receptáculos

É uma necrofagia exótica

Da natureza e seu espetáculo

A puir com ódio as almas tóxicas.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 02/04/2016
Código do texto: T5593139
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