O VENTO QUE ME LEVOU

Há um vácuo em mim

Um buraco negro

Onde tudo é nada

Onde o nada é tudo

O vento me levou

E não sei onde me encontro

A lua ontem crescente

Agora em mim: minguou

As dunas que estavam na praia

Esconderam-se nas águas do mar

Levadas pela correnteza

Procuram outra foz de rio para aportar

O tempo em mim parou

Em algum lugar desconhecido

Há lembranças que não são minhas

Sombras que não me pertencem

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30.03.16

MARIO ROGERIO FEIJO
Enviado por MARIO ROGERIO FEIJO em 30/03/2016
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