O Provinciano
Da igual mazela de existir
Por simplesmente existir
Vive-se o átrio da civilização
E resiste como mar bravio
Como se desenvolve qual ela
Que se tem orgulho idiótico.
Do que adianta parecer moderno
Portador de um cérebro tão pequeno
Como ilha paradisíaca de neurônios
Quase sempre em férias
Tristurosa a vida se faz
De quem quer parecer superior
E esbarrar no desconhecer do sarcasmo
Na incapacidade tetraplégica
De compreender uma ironia
(Quanto mais uma poesia, eu diria!)
É falsa a ideia de admirar
Algo que intrinsecamente se é formado
Tão lógico na paranoica grandeza
Eles são engolidos pela franqueza
Qual ideia é abortada
Antes mesmo de aparecer.
O afastamento do compreender
Faz a ideia de província ser morta
Uma falência do conhecimento
Qual modernidade parece sinônimo
Mas na mente torpe vive antônimo
Pretendo não distender
É simples entender:
Quão maior a consciência
Proporcional sua modernidade
E como um tétrico doente
Que só conhece a cura
Ao aceitar sua mazela.