O Provinciano

Da igual mazela de existir

Por simplesmente existir

Vive-se o átrio da civilização

E resiste como mar bravio

Como se desenvolve qual ela

Que se tem orgulho idiótico.

Do que adianta parecer moderno

Portador de um cérebro tão pequeno

Como ilha paradisíaca de neurônios

Quase sempre em férias

Tristurosa a vida se faz

De quem quer parecer superior

E esbarrar no desconhecer do sarcasmo

Na incapacidade tetraplégica

De compreender uma ironia

(Quanto mais uma poesia, eu diria!)

É falsa a ideia de admirar

Algo que intrinsecamente se é formado

Tão lógico na paranoica grandeza

Eles são engolidos pela franqueza

Qual ideia é abortada

Antes mesmo de aparecer.

O afastamento do compreender

Faz a ideia de província ser morta

Uma falência do conhecimento

Qual modernidade parece sinônimo

Mas na mente torpe vive antônimo

Pretendo não distender

É simples entender:

Quão maior a consciência

Proporcional sua modernidade

E como um tétrico doente

Que só conhece a cura

Ao aceitar sua mazela.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 25/03/2016
Código do texto: T5584538
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