Batel à Deriva
Vivo diante ao destino do mar
largado e na presença celeste
Sou um mandrião diante do ar
que não se submeterá a teste.
Não presto para viver na terra
Só nas imediações do porto
Minha felicidade não encerra
longe da água, sinto-me morto.
Vivo a missão de velejar léguas
Na busca de ideias repentinas
que me distancie da tempestade.
Não espero que peçam tréguas
O mar não aceita tais neblinas
perante sua revolta identidade.